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Sabes o que é o IPC e como afeta os teus investimentos?

28/01/2025

 

Inflação e IPC – índice de preços no consumidor são temas que passaram a fazer ainda mais parte da nossa vida nos últimos anos. A Inflação é o termo utilizado para descrever o processo de subida de preços dos bens e serviços numa determinada economia ao longo do tempo. Já o IPC é um indicador usado para medir a inflação, e consiste num cabaz representativo de vários bens e serviços que habitualmente utilizamos na nossa vida diária, tais como a alimentação, o vestuário, os serviços de energia e telecomunicações, transportes, combustíveis, entre muitos outros. Todos os meses, o INE mede os preços deste cabaz, para avaliar o impacto que o aumento dos preços tem no custo de vida. A sua variação (normalmente medida face ao mesmo período do ano passado) é a taxa de inflação.

O teu salário, o preço do arrendamento, os impostos que pagas, as pensões... Tudo depende do índice de preços ao consumidor. Portanto, deves ter em consideração as variações do IPC na hora de tomar decisões relacionadas com a economia. Este indicador, na verdade, irá ajudar-te a calcular as condições do teu poder de compra. Temos de compreender que, se os preços subirem, conseguiremos comprar menos bens e serviços com o nosso salário. Portanto, mesmo que o teu vencimento seja o mesmo, estás a perder poder de compra.

A inflação é um elemento muitas vezes esquecido na poupança e no planeamento financeiro, quando na realidade tem um impacto significativo na realização dos nossos objetivos financeiros, especialmente a longo prazo. É importante ter em mente que os níveis de inflação registados nos últimos anos são anormais (os bancos centrais tiveram de levar a cabo políticas monetárias muito agressivas para tentar reverter esta situação) o que prejudicou os resultados das nossas poupanças: a redução da inflação é um objetivo fundamental, especialmente para alcançar os nossos objetivos futuros.

Perante níveis de preços elevados, temos de ser mais ativos na gestão das nossas poupanças para não ficarmos mais pobres, diversificando de acordo com o nosso perfil de risco e com a ajuda de profissionais que nos aconselhem no planeamento e na tomada de decisões de investimento adequadas às nossas necessidades.

A inatividade das poupanças não deve ser opção. Objetivos de poupança de longo prazo bem planeados, podem facilmente vencer a inflação, uma vez que durante boa parte do tempo poderemos correr certos riscos para obter retornos adicionais que levarão a um retorno médio visivelmente superior à inflação no longo prazo. Em objetivos de poupança a curto prazo temos de ser mais cautelosos. Vencer a inflação deve ser sempre um objetivo, mas em nenhum caso devem ser assumidos riscos desnecessários que comprometam a sua concretização.